Dizer ‘não quero comprar produtos fabricados nos EUA’ pode ajudar na questão climática, diz o filósofo Peter Singer

Peter Singer, filósofo australiano e referência em ética, lançou uma nova edição do seu livro “Libertação Animal”, abordando a crueldade animal e a ética do consumo.

Nascido em 1946, ele atuou por 25 anos na Universidade Princeton e atualmente promove a conferência Profit for Good, que incentiva empresas a utilizarem lucros para práticas benéficas.

Visão sobre a ética: Singer defende que, para agir corretamente, é necessário considerar as consequências de cada ação e ter consciência sobre as escolhas consumistas diárias.

Mudança climática: Ele critica a falta de adaptação e ações eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, destacando os desafios enfrentados pelos países mais pobres.

Sobre o aumento da conscientização animal, Singer observa que, embora haja progresso nas legislações, a criação industrial ainda persiste, prejudicando os animais.

Empatia e desigualdades: Ele acredita que a falta de empatia global e o abismo econômico dificultam a resolução de problemas sérios, como a crise climática e as desigualdades sociais.

Singer se declara menos otimista que no passado, devido a diversos fatores, incluindo a ascensão de líderes que priorizam interesses nacionais em detrimento da solidariedade global.

Filantropia: A The Life You Can Save busca oferecer informações confiáveis sobre como efetivamente salvar vidas com doações, enquanto o custo de ações para enfrentar a mudança climática é alto, mas existem soluções mais acessíveis.

Conferência Profit for Good: A primeira conferência ocorrerá em Amsterdã e reunirá empresas que adotam um modelo de lucro para o bem. Singer acredita que, se bem-sucedido, esse movimento pode transformar o capitalismo, desde que haja apoio dos consumidores.