Dizer que o Brasil é protecionista é quase brincadeira, afirma Haddad
Haddad afirma que Brasil tem buscado parcerias comerciais e nega ser protecionista. Ministro destaca avanços nas negociações com o Mercosul e a União Europeia, apesar da resistência da França e da pressão das tarifas americanas.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil tem reduzido tarifas efetivas nos últimos 20 a 30 anos, refutando a ideia de que o país é protetorista.
Haddad destacou que o Brasil busca parcerias internacionais, com negociações como Brics e o acordo entre Mercosul e a União Europeia, que deve ser assinado até o fim do ano.
Uma reportagem da Folha mostrou que barreiras tarifárias desde os anos 1980 estagnaram a economia.
O ministro também criticou a política de tarifaço do ex-presidente Donald Trump, que impôs sobretaxa de 50% às exportações brasileiras.
Haddad comentou que a conversa com os Estados Unidos depende da disposição da gestão Trump e que o governo brasileiro está em contato constante com autoridades francesas devido à resistência da França ao acordo Mercosul-UE.
Além disso, foi anunciado um pacote de socorro de até R$ 30 bilhões para setores afetados pelo tarifaço, incluindo adiamento de impostos e facilitação para busca de novos mercados.
Haddad defendeu o pacote como medidas extraordinárias em resposta a um contexto difícil. Ele reafirmou que as regras fiscais serão cumpridas, apesar das críticas sobre as exceções no arcabouço fiscal.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, também afirmou que o pacote é suficiente, mas não descartou novos aportes.