Do México ao Brasil: os mercados de galpões logísticos que mais crescem em LatAm
A demanda crescente por espaços logísticos, impulsionada pelo e-commerce, resulta em aumento de aluguéis e vacância em mínimos históricos na América Latina. O relatório da JLL destaca o Brasil e o México como líderes no setor, evidenciando a pressão sobre a oferta de novos estoques.
Expansão do Mercado Logístico na América Latina
O setor de condomínios industriais e logísticos na América Latina está em rápida expansão, impulsionado pela alta demanda de empresas de e-commerce.
Segundo a consultoria JLL, o estoque atual não é suficiente para atender à demanda, resultando em valores de aluguel em ascensão e taxas de vacância em mínimas históricas.
- Crescimento: O setor cresceu cerca de 25% nos últimos três anos.
- Principais Países: México (48%) e Brasil (28%) dominam o mercado.
- São Paulo: Maior mercado com 17,6 milhões de m².
A taxa média de vacância em 2024 foi de 7,2%, destacando Santo Domingo com vacância próxima de zero. Os preços de aluguel subiram em diversos países, com aumento médio de 3,2% na região.
O preço de locação em Porto Rico chegou a US$ 10,8/m², enquanto a Cidade do México apresentou crescimento de 20% em um ano.
Em 2024, 6,1 milhões de m² de novos estoques foram adicionados, com destaque para Cidade do México e Monterrey.
Em Minas Gerais, o estoque dobrou em quatro anos, impulsionado por incentivos fiscais. A região de Extrema se destacou como polo logístico, próxima a São Paulo.
- São Paulo: A taxa de vacância caiu para 8,6%, o menor nível histórico.
- Buenos Aires: Aumento na taxa de vacância para 7,7%.
- Santiago: Taxa estabilizada em 5,5%.
- Lima: Taxa de vacância no menor nível já registrado.
O mercado brasileiro, apesar da volatilidade cambial, apresenta forte potencial de valorização. A chegada de empresas asiáticas, como Shein e Shopee, intensifica a competição com o Mercado Livre.
O especialista Romano alertou que a construção de novos estoques pode enfrentar desafios com o aumento das taxas de juros e a crescente carga de endividamento da população.
No curto prazo, prevê-se aumento de preços e redução da vacância; no médio prazo, a construção pode ser impactada pela diminuição da demanda.