Do palácio presidencial à prisão: a derrocada da ex-primeira-dama da Coreia do Sul

Ex-primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon Hee, é presa

A ex-primeira-dama Kim Keon Hee foi presa por acusações de suborno e manipulação do mercado de ações. Ela é esposa do ex-presidente Yoon Suk Yeol, que também está preso.

O ex-presidente declarou lei marcial em dezembro e foi impeachmado em abril. Kim negou as acusações em audiência, mas a Justiça emitiu um mandado de prisão para evitar destruição de provas.

Essa é a primeira vez que ambos, ex-presidente e ex-primeira-dama, enfrentam a prisão na Coreia do Sul.

Aos 52 anos, Kim é acusada de manipular ações da Deutsch Motors e receber bolsas de luxo. Além disso, está envolvida em 16 acusações que incluem subornos e interferências em nomeações eleitorais.

Durante a audiência, Kim pediu desculpas publicamente, apesar de se considerar "alguém sem importância".

Perfil de Kim

Kim tem um histórico distinto como empresária na área de arte antes de se tornar primeira-dama, contrastando com suas predecessoras que eram professoras ou ativistas.

Ela enfrentou controvérsias desde o início, incluindo falsificação de credenciais antes da eleição presidencial de 2021, e um pedido de desculpas por "exageros" em seu currículo.

Kim continuou a gerar polêmica durante sua atuação diplomática, como na cúpula da Otan, onde participou de compromissos não programados.

Recentemente, um vídeo mostrou Kim recebendo uma bolsa de luxo, intensificando críticas e levando a um aumento de investigações sobre possíveis violações da Lei Anticorrupção.

Histórico de questionamentos

Kim não é a única ex-primeira-dama a ser questionada pela Justiça sul-coreana, precedentes incluem:

• Lee Soon-ja, esposa de Chun Doo-hwan, 2004;
• Kwon Yang-sook, esposa de Roh Moo-hyun, 2009;
• Kim Yoon-ok, esposa de Lee Myung-bak, 2012;
• Investigações em 2018 sobre a esposa de Lee Myung-bak.

Essas situações revelam um histórico complexo de envolvimentos de primeiras-damas em escândalos políticos na Coreia do Sul.