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Do R$ 1,99 a produtos de alta tecnologia: China disputa liderança com os EUA em setores de ponta

A transformação da China de fornecedora de produtos de baixa qualidade para líder em inovação tecnológica resulta do planejamento estratégico do governo e da intensificação de parcerias entre estatais e empresas privadas. Esse fenômeno está moldando o cenário global e alterando a percepção sobre produtos chineses em diversas indústrias.

A evolução da qualidade dos produtos chineses marca uma nova era na percepção global.

A China, ex-ícone de baixa qualidade, hoje tem mais patentes que os EUA e lidera setores como:

  • Veículos elétricos
  • Painéis solares
  • Trens de alta velocidade
  • Inteligência artificial
  • Telecomunicações

Segundo Isabela Nogueira, professora da UFRJ, a ascensão é resultado de:

  • Planejamento econômico centralizado
  • Financiamentos de longo prazo
  • Sistema educacional alinhado
  • Poder do Estado nas empresas
  • Normas técnicas favoráveis a empresas locais

O plano Made in China 2025 foca em dez setores-chave, visando reduzir dependência tecnológica estrangeira.

A força das estatais desempenha papel crucial: aproximadamente 30% dos investimentos fixos na China são oriundos de estatais, que podem correr riscos que o setor privado geralmente evita.

A transferência de tecnologia também é incentivada, com joint-ventures como requisito inicial para estrangeiros nos anos 70.

A educação é outra prioridade, formando mais de um milhão de engenheiros anualmente.

Intercâmbios acadêmicos entre a China e o ocidente são promovidos, fortalecendo a formação local.

Além disso, a regulação técnica é utilizada para favorecer marcas nacionais, como no caso da BYD, que prosperou após mudanças regulatórias em 2008.

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