Do salão de beleza aos malotes, o perfil dos setores que geram vagas no Brasil
Aumento no número de microempreendedores inclui entregadores e profissionais de beleza, refletindo mudanças no mercado de trabalho brasileiro. Dados do Ministério do Empreendedorismo mostram crescimento significativo em novas empresas registradas em 2025.
Gabriela Arcelina dos Santos é uma entregadora do Magazine Luiza que coleta, em média, 100 pacotes diariamente em São Paulo. Usando sua Fiorino 2013, ela sustenta sua família desde 2019, em busca de flexibilidade devido a problemas de saúde do filho. Entregadores de aplicativos podem ganhar até R$ 4 mil mensais.
A rede de entregadores do Magalu cresceu de 3 mil motoristas em 2021 para 15 mil em 2023, um aumento de 130% em dois anos, segundo Eduardo Camargo, gerente de operações.
Os dados do Ministério do Empreendedorismo revelam que, de janeiro a abril de 2025, mais pessoas abriram empresas de entrega, com 58,8 mil novos negócios. Salões de beleza também apresentaram aumento, com 63,3 mil registros.
No setor de entregas, a aceleração da economia digital e o crescimento dos marketplaces, como Shopee e Mercado Livre, impulsionaram esse boom. O secretário Maurício Juvenal aponta que as empresas de malote oferecem soluções mais rápidas e baratas.
O desempenho irregular de setores como varejo de vestuário e alvenaria contrasta com a ascensão das novas atividades, que atraem empreendedores em busca de maior rendimento. Antonio de Souza Ramalho destaca o desinteresse das novas gerações pela profissão de pedreiro, apesar dos altos salários.
Setores como beleza apresentam crescimento robusto, com alta demanda e cursos atrativos. A Federação dos Profissionais da Beleza reportou um aumento de 75% na demanda por profissionais neste ano.