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Do sofá à lava-louças: como marcas chinesas conquistam espaço no varejo brasileiro

Cresce a presença de marcas chinesas no Brasil, que já detêm 20% do mercado de eletrônicos. A estratégia inclui investimentos em vitrines atraentes e condições comerciais vantajosas para os varejistas.

Lucas Silva Ferreira optou por um ar-condicionado chinês da marca Hisense, pagando R$ 2,3 mil contra R$ 4,1 mil de um modelo similar da LG. Ele mencionou que o produto chinês ofereceu melhor custo-benefício e está funcionando bem.

O interesse por produtos chineses aumenta no Brasil, com marcas como Hisense, TCL e Midea expandindo suas linhas para incluir eletrodomésticos como lava-louças e geladeiras.

A guerra comercial iniciada por Donald Trump alterou o cenário do varejo global, fazendo com que empresas chinesas busquem maior participação de mercado na América Latina devido a tarifas elevadas nos EUA.

Os varejistas brasileiros estão adotando produtos chineses para revitalizar a demanda, que foi afetada pela alta de juros e desaceleração econômica. As marcas chinesas já representam 20% do mercado de eletrônicos e eletrodomésticos no Brasil, subindo de 16,5% em 2019.

Segundo Henrique Mascarenhas, da NIQ, as empresas chinesas estão diversificando portfólios e aumentando participação no Brasil, que é um mercado chave para elas.

As marcas focam suas estratégias em lojas físicas para superar a desconfiança dos consumidores em relação aos produtos chineses, criando ambientes atrativos nas lojas. A Casas Bahia reporta crescimento da participação de fabricantes chineses de 10% para 18% desde 2020.

Gustavo Senday, analista da XP, comentou que as empresas chinesas são agressivas em preços, o que resulta em melhores margens para os varejistas brasileiros.

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