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‘Doce e simples’: vinho mais vendido do país desafia preconceitos e fatura R$ 500 mi

O Pérgola se destaca como o vinho mais vendido do Brasil, atingindo 40 milhões de garrafas anuais, apesar de suas características simples. A estratégia da Vinícola Campestre, que inclui degustações e foco no consumidor, ajudou a mudar a percepção sobre vinhos de mesa no país.

O vinho mais vendido do Brasil não é apreciado por sommeliers, não está nas listas de melhores do ano e não é feito de uvas viníferas. O Pérgola, produzido pela Vinícola Campestre, é doce e simples, com mais de 40 milhões de garrafas vendidas anualmente.

Com um faturamento de R$ 500 milhões e participação de 20% do mercado de vinho de mesa (220 milhões de litros por ano), a marca consolidou sua posição com uma estratégia de marketing direto e controle da cadeia produtiva. O diretor João Zanotto destacou a importância de promover degustações para quebrar preconceitos e estabelecer confiança com o consumidor.

A Campestre se especializou em vinhos de mesa, utilizando técnicas de vinícolas finas para melhorar a qualidade da bebida simples. Apesar das críticas quanto ao sabor adocicado, a empresa encontrou um nicho de mercado até entre consumidores de classe A.

Fundada na Serra Gaúcha nos anos 1960, a vinícola adaptou-se às condições locais, focando nas variedades bordô e isabel para produzir o melhor vinho de mesa do país. Além do Pérgola, a Campestre também desenvolve vindos finos e planeja expandir suas exportações, tendo enviado 500 mil garrafas do Pérgola para os EUA em 2023.

Essa trajetória mostra como o trabalho constante e a busca por qualidade contribuíram para elevar a percepção dos vinhos de mesa no Brasil.

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