Documento preparado para o Kremlin mostra postura rígida para negociação sobre guerra
Documento do Kremlin revela estratégias para desmantelar o Estado ucraniano e enfraquecer a posição dos EUA em negociações de paz. A Rússia recusa propostas de cessar-fogo e enfatiza a necessidade do reconhecimento da sua soberania sobre os territórios ocupados.
Rússia busca enfraquecer a posição diplomática dos Estados Unidos na questão da Ucrânia, segundo um documento preparado para o Kremlin.
O texto, que surgiu de um think tank próximo ao FSB, critica os planos de paz de Donald Trump como "impossíveis" e afirma que a resolução pacífica só é viável após 2026.
Entre as reivindicações da Rússia estão:
- Rejeição de forças de paz na Ucrânia.
- Reconhecimento da soberania russa sobre territórios ucranianos.
- Criação de uma zona-tampão e uma zona desmilitarizada.
- Desmantelamento do governo ucraniano.
O documento indica que a Rússia não tem interesse em um cessar-fogo imediato, enfatizando que a crise ucraniana está ligada à política interna da Ucrânia e à segurança na Europa.
O porta-voz Dmitri Peskov desmentiu as recomendações, alegando que o Kremlin trabalha com "opções mais cautelosas".
Sugestões adicionais incluem:
- Normalização das relações EUA-Rússia com aumento do pessoal diplomático.
- Stop no abastecimento de armas russas a inimigos dos EUA em troca de armamento a Ucrânia.
O documento critica propostas de acordos sugeridas por Trump, afirmando que a falta de reconhecimento da Rússia causaria recomeços de conflitos no futuro. A influência ocidental em missões de paz é considerada "absolutamente desnecessária".
Além disso, esforços de negociar a suspensão de sanções foram considerados irreais.
Analistas, como Dmitri Alperovitch, observam que Putin pode usar as negociações para normalizar relações com Washington, colocando suas necessidades em primeiro lugar.