Dólar abre em alta com dados de inflação e tarifas de Trump em foco
Dólar inicia o dia em alta, alcançando R$ 5,819, enquanto investidores aguardam dados de inflação dos EUA. A inflação no Brasil subiu para 1,31% em fevereiro, pressionada por custos de energia e combustíveis.
Dólar abre em leve alta nesta quarta-feira (12), com investidores analisando dados de inflação do Brasil, que mostraram uma aceleração de 1,31% em fevereiro, após 0,16% em janeiro. A expectativa é que o CPI dos EUA seja divulgado às 9h30, gerando atenção no mercado.
Às 9h03, o dólar subia 0,16%, cotado a R$ 5,819, depois de uma queda de 0,75% na terça-feira, fechando a R$ 5,810. A Bolsa também caiu 0,81%, a 123.507 pontos.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu para 5,06% no acumulado de 12 meses, acima do teto da meta de inflação de 4,5%. Os preços da energia elétrica e dos combustíveis foram os principais responsáveis pela alta.
Além disso, os investidores observam as políticas comerciais do presidente Donald Trump, que impôs tarifas de 25% sobre produtos de aço e alumínio. A medida impacta o Brasil, segundo maior fornecedor de aço aos EUA.
Trump tem mostrado incertezas nas suas declarações, o que gera um ambiente de pessimismo no mercado. Economistas apontam que a atividade norte-americana está desacelerando, com dados como o payroll abaixo do esperado e menos confiança entre consumidores e empregadores.
O Federal Reserve continua cauteloso em suas decisões, aguardando mais clareza sobre a política econômica de Trump. A combinação de tarifas e juros elevados pode encarecer o custo de vida e aumentar a volatilidade nos mercados.
Conforme o analista Leonel Mattos, a falta de clareza sobre as políticas econômicas leva consumidores e investidores a um comportamento defensivo, com mais economia e menos disposição para decisões arriscadas.
As mudanças na política comercial e tamanha incerteza podem gerar impactos diretos no câmbio, comprometendo o comportamento do dólar e sua atratividade global.