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Dólar abre em forte alta nesta quinta-feira após anúncio de Trump de tarifa de 50% sobre Brasil

Dólar atinge maior cotação em mais de dois meses após anúncio de tarifa recorde por Trump. Mercado brasileiro reflete aversão ao risco, com forte queda no Ibovespa.

Dólar sobe após anúncio de tarifas de Trump

Nesta quinta-feira (10), o dólar abriu em alta de 2,07%, cotado a R$ 5,6174, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre importações do Brasil.

O anúncio gerou impacto imediato no mercado futuro: o contrato de dólar subiu 2,30%, enquanto o Ibovespa futuro caiu 2,44%. As ações brasileiras no exterior também foram afetadas, com o índice iShares MSCI Brazil caindo 1,9%.

Após o fechamento do mercado à vista, o dólar havia encerrado em alta de 1,05%, a R$ 5,5023, o maior valor desde 25 de junho. Trump criticou o Brasil durante um evento, afirmando: "O Brasil não tem sido bom para nós".

O volume de negociação foi reduzido devido a um feriado em São Paulo. Segundo Bruno Shahini, da Nomad, o aumento das tensões comerciais traz aversão ao risco aos ativos locais.

Nos EUA, os índices se comportaram de forma oposta, com o S&P 500 subindo 0,61% e o Nasdaq 0,94%.

Trump também reiterou sua demanda por cortes nos juros americanos e ameaçou tarifas adicionais sobre os Brics. O grupo, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e outros, expressou preocupações sobre o aumento de tarifas.

No Brasil, as preocupações incluem a possibilidade de aumento do IOF e a inflação. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, mencionou que 72,5% dos itens do IPCA estão acima da meta, destacando a necessidade de manter taxas de juros elevadas.

A taxa Selic, que subiu para 15%, impacta negativamente a renda variável, mesmo com uma projetada inflação de 5,18% para este ano.

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