Dólar abre em forte baixa, um dia após 'tarifaço' global de Trump

Dólar abre em forte queda nesta quinta-feira (3), reagindo ao anúncio de tarifas recíprocas de Donald Trump, presidente dos EUA.

Por volta das 9h, a moeda americana caía 1,50%, sendo vendida a R$ 5,61.

Na véspera, o dólar havia registrado aumento de 0,27%, cotado a R$ 5,6986, acumulando:

• Queda de 1,06% na semana;
• Recuo de 0,12% no mês;
• Perda de 7,79% no ano.

Ibovespa inicia operações às 10h, após alta de 0,03% na véspera, fechando a 131.190 pontos. O índice acumulou:

• Queda de 0,54% na semana;
• Avanço de 0,71% no mês;
• Ganho de 9,07% no ano.

A insegurança do mercado está em alta devido à possibilidade de uma guerra comercial generalizada resultante das novas tarifas de Trump, que já afetaram países como México, Canadá e China.

Trump anunciou que as tarifas seriam aplicadas a um grupo de 10 a 15 países, mas sua declaração de que "começaria com todos os países" aumentou a incerteza.

Na União Europeia, líderes reagem. Ursula von der Leyen indicou que deseja uma solução negociada, enquanto Christine Lagarde do BCE aponta que uma guerra comercial traria perdas para todos os envolvidos.

No Brasil, o Senado aprovou um projeto que permite ao governo retaliar barreiras comerciais de outros países.

Essa situação pode levar os EUA a um período de desaceleração econômica ou até recessão, com impactos globais significativos.

Entre os indicadores, o Departamento do Comércio dos EUA reportou aumento de 0,6% nas novas encomendas de produtos manufaturados, e a criação de vagas de trabalho subiu para 155 mil em março.

Uma pesquisa Genial/Quaest mostrou que o governo de Lula tem 56% de desaprovação e 41% de aprovação.

Com informações das agências de notícias Reuters e AFP.