Dólar abre em leve baixa com inflação no Brasil e tarifas dos EUA em foco

Dólar apresenta leve baixa nas primeiras negociações desta quinta-feira (27), cotado a R$ 5,7271 na venda, uma queda de 0,1%. No futuro, a baixa é de 0,17%, a R$ 5,732.

Os investidores analisam os doados de inflação do Brasil. O IPCA-15 desacelerou para 0,64% em março, após 1,23% em fevereiro.

Na quarta, o dólar subiu 0,42% e a Bolsa avançou 0,34%. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 25% para automóveis e peças importadas, gerando incertezas no mercado global.

• Medidas visam aumentar a reciprocidade tarifária, afetando países como Japão, Índia, União Europeia e Brasil.
• Receios sobre aumento da inflação e distorção de cadeias de suprimentos são evidentes.

Os investidores reagem com cautela devido à insegurança nas políticas tarifárias dos EUA. Na segunda, Trump mencionou a possibilidade de descontos nas tarifas.

Trump também impôs tarifas de 25% sobre importações de petróleo da Venezuela, influenciando os mercados. Ele indicou novas tarifas sobre cobre para "algumas semanas".

Analistas do BTG Pactual alertam para a incerteza na implementação das tarifas, destacando a manutenção de apostas financeiras conservadoras.

As preocupações sobre inflação nos EUA podem impactar as decisões do Fed sobre juros, especialmente se a inflação aumentar. Um relatório recente indicou queda na confiança dos consumidores americanos.

Possível cenário de estagflação pode reduzir o consumo e investimentos, com especialistas prevendo cortes de juros pelo Fed.

No Brasil, a Selic foi elevada para 14,25%. A próxima reunião do BC está prevista para maio, com incertezas sobre futuras decisões monetárias.

O diferencial de juros elevado pode beneficiar o real, atraindo investidores estrangeiros. Dados de inflação dos EUA pelo PCE também são esperados nesta semana.