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Dólar abre em leve queda nesta quarta-feira após forte alta do dia anterior

Investidores acompanham tensões entre Brasil e EUA, influenciando o mercado financeiro. A possibilidade de sanções contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, gera incertezas e afeta a cotação do dólar e ações de bancos.

Dólar em queda: A moeda norte-americana abriu com leve queda de 0,1% nesta quarta-feira (20), cotada a R$ 5,4947, após subir mais de 1% no dia anterior. Os investidores esperam por novidades sobre as tensões Brasil-EUA e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Na terça-feira (19), o dólar fechou em alta de 1,23%, a R$ 5,500. A bolsa despencou 2,10% após Flávio Dino, ministro da Justiça, sinalizar punições a bancos que impuserem sanções contra Moraes.

As ações de instituições financeiras no Ibovespa sofreram forte desvalorização, com quedas de 3,46% (BTG), 3,60% (Bradesco), 3,28% (Itaú), 2,82% (Santander) e 4,17% (Banco do Brasil).

Os investidores estão cautelosos, projetando cenários de escalada de tensões, o que pode afetar o acesso dos bancos brasileiros ao mercado internacional. O especialista Pedro Moreira afirma que a valorização do dólar reflete esse medo de sanções financeiras.

Negociações EUA-Brasil: O governo brasileiro está em busca de negociação da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre as importações. Porém, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou a falta de diálogo, citando dificuldades na solução proposta pelos EUA.

O Brasil formalizou um pedido ao USTR para reconsiderar a investigação comercial, destacando a importância do diálogo construtivo.

Cenário internacional: O foco também está na tentativa do presidente dos EUA, Donald Trump, de resolver a Guerra da Ucrânia. Após encontros com Vladimir Putin e Volodimir Zelenski, o otimismo é baixo devido à falta de acordos concretos.

Atenções estão voltadas para o simpósio de Jackson Hole, onde o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, poderá indicar futuras ações de política monetária. A expectativa é de que ocorram cortes de juros em setembro, o que pode reforçar o real devido ao diferencial de juros com o Brasil.

No último levantamento do Banco Central, economistas mantiveram as previsões da Selic para o final deste ano em 15%.

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