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Dólar cai mais de 12% e Ibovespa tem melhor desempenho desde 2016 no primeiro semestre deste ano

O dólar e o Ibovespa mostraram desempenhos distintos no primeiro semestre de 2025, com a moeda americana em queda e a bolsa brasileiro atingindo recordes históricos. Embora o cenário financeiro brasileiro tenha se recuperado, desafios fiscais ainda geram incertezas entre os investidores.

Dólar e Ibovespa: Transformações em 2025

No primeiro semestre de 2025, o dólar caiu 12,08%, fechando a R$ 5,433. O Ibovespa teve seu melhor desempenho desde 2016, recuperando-se de baixas anteriores e atingindo máximas históricas.

Apesar de um cenário externo instável com o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA e novos conflitos no Oriente Médio, os ativos brasileiros se restabeleceram, e a taxa Selic também foi ajustada, caindo de 17% para cerca de 14,93% até dezembro de 2025.

Especialistas destacam que a questão fiscal ainda preocupa os investidores. O dia 20 de janeiro, data da posse de Trump, marcou uma mudança no comportamento do mercado, com o dólar subindo antes da posse devido a incertezas sobre políticas comerciais. Após, uma postura mais moderada de Trump fez com que o dólar perdesse valor.

A imprevisibilidade das ações de Trump e a crescente dívida americana, que pode aumentar em até US$ 3,3 trilhões, geraram desconfiança em relação aos ativos dos EUA, levando investidores a redirecionar seus capitais para o Brasil. Além disso, a Selic mais alta atraiu ainda mais investimentos estrangeiros.

No Ibovespa, a alta foi de 15,44%, com a Cogna registrando 162,9% de crescimento. Setores como energia elétrica e bancos se destacaram, mesmo em um ambiente de juros elevados.

Apesar do bom desempenho, a instabilidade fiscal é uma preocupação contínua. Problemas fiscais persistem desde o ano passado e o aumento do IOF em maio trouxe instabilidade adicional. Os especialistas alertam que, sem resoluções claras, os investimentos em ativos de risco no Brasil podem ser afetados.

A necessidade de diálogo entre governo e Congresso é enfatizada como fundamental para mitigar a incerteza no cenário fiscal.

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