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Dólar começa o dia em leve alta, mas caminha para terceira queda semanal consecutiva

Dólar se valoriza levemente, mas acumula queda semanal enquanto o real se beneficia de expectativas de juros mais altos. Decisões dos bancos centrais e incertezas externas influenciam o mercado cambial.

Dólar sobe leve frente ao real nesta sexta-feira (21), mas continua a trajetória de queda por três semanas. Às 9h04, moeda avançou 0,16%, cotada a R$ 5,6853, acumulando queda de 1,04% na semana.

Na quinta (20), fechou em alta de 0,49%, a R$ 5,676, enquanto a Bolsa caiu 0,41%, a 131.954 pontos.

Movimentos de investidores foram influenciados pelas decisões de juros do Copom e do Fed. O Copom aumentou a Selic em 1 ponto percentual, de 13,25%% para 14,25%% ao ano, o mesmo nível da crise de Dilma Rousseff. A decisão foi unânime.

No comunicado, o comitê indicou novas altas, com próxima reunião em maio e previsão de menor intensidade. Justificaram a decisão pelos desafios da inflação e incertezas econômicas.

Especialistas estimam que a próxima alta deve ser de 0,50 ponto percentual e que a Selic atinja 15%% em 2025. Leonel Mattos, da StoneX, mencionou que o aumento pode favorecer o real em relação ao dólar.

Entretanto, a valorização do real foi ofuscada pela força do dólar no exterior, onde o Fed manteve a taxa de juros entre 4,25%% e 4,50%% diante de temores de recessão devido a políticas de Donald Trump.

O Fed reduziu a previsão do PIB de 2,1%% para 1,7%% em 2023, enquanto a expectativa de inflação cresceu de 2,5%% para 2,7%%.

Na coletiva, Jerome Powell, presidente do Fed, alertou que tarifas e incertezas podem atrasar a alta da inflação. Medidas do governo Trump estão gerando preocupações quanto a gastos e investimentos, podendo levar a um cenário de estagflação.

Reportagem com informações da Reuters e Financial Times.

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