Dólar fecha a R$ 5,64 após susto com IOF; Ibovespa reage e sobe 0,40% no dia
Mudanças recentes nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) impactam o mercado cambial, com o dólar oscilando após a reversão de algumas medidas. O Ibovespa também mostra resiliência e se recupera, apesar da aversão a risco global.
Desconforto no mercado com o anúncio das novas medidas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na quinta-feira (22) reverberou na sexta-feira (23).
Aumento do imposto ofuscou o congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025, que foi acima do esperado pelos investidores.
Apesar do enfraquecimento global do dólar, a moeda americana operou em alta, tocando máxima de R$ 5,7452. No final do dia, fechou a R$ 5,6470, em queda de 0,25%.
Após o anúncio de contenção de gastos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não comentou o aumento do IOF, causando deterioração dos ativos locais.
A Fazenda anunciou alterações nas alíquotas do IOF, com recuos em relação a transferências para investimento e aumentos propostos.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não foi informado previamente, aumentando o desconforto no mercado.
O Ibovespa subiu 0,40%, fechando a 137.824,29 pontos, apesar de uma queda semanal de 0,98% após seis semanas de ganhos consecutivos.
O clima nas bolsas europeias foi de forte queda, influenciado pela escalada nas tensões comerciais entre os EUA e a UE, com Trump impondo tarifas de 50% sobre produtos europeus.
No fechamento de Nova York, os principais índices mostraram perdas, refletindo aversão a risco.
A equipe econômica surpreendeu com o congelamento de R$ 31 bilhões, mas o impacto positivo foi neutralizado pelo aumento do IOF.
Na sexta-feira, o Ibovespa, após um começo difícil, se estabilizou e reagiu positivamente, especialmente as ações dos grandes bancos.
Os destaques positivos foram: Itaú PN (+1,21%), Vall ON (+0,17%) e Petrobras ON (+0,15%).
Entre os perdedores, destaque para Azzas (-6,07%) e Magazine Luiza (-4,96%).
As projeções para a próxima semana indicam um cenário equilibrado entre alta, queda e estabilidade para o Ibovespa.
Com informações do Estadão Conteúdo.