Dólar fecha a R$ 5,68, na menor cotação do ano, com estímulos na China; moeda chegou a valer R$ 5,66
Dólar atinge menor valor em 2023 com apoio de estímulos da China e dados positivos da economia brasileira. Expectativa de aumento na taxa de juros no Brasil também contribui para a valorização da moeda.
Dólar encerra em queda de 0,99%, a R$ 5,686, menor cotação do ano. Fatores como dados positivos na China, atividade aquecida no Brasil e expectativa de aumento no diferencial de juros com os EUA pressionam a moeda.
A China anunciou novas medidas para reviver o consumo, aumentando a renda da população, segundo a agência Xinhua. Essas diretrizes incluem:
- Estabilização dos mercados de ações e imobiliário;
- Incentivos para elevar a taxa de natalidade.
Essas ações beneficiam o real, já que a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Diego Costa, da B&T câmbio, ressalta que estímulos chineses são positivos para o Brasil.
Paula Zogbi, da Nomad, afirma que, caso esses incentivos sejam eficazes, podem ser muito benéficos. A produção industrial chinesa cresceu 5,9%, superando as expectativas, e as vendas no varejo subiram 4% nos primeiros meses de 2025.
Esse otimismo na China também impulsiona outras economias emergentes, com aumento nos preços das commodities, favorecendo suas moedas. O petróleo Brent fechou alta de 0,69%, a US$ 71,07.
Dados do IBC-Br indicam uma economia brasileira aquecida, sugerindo juros mais altos. Marcio Riauba, da StoneX, explica que isso pode atrair investimentos para a renda fixa e impulsionar as exportações.
O Copom do Banco Central decidirá na quarta-feira um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, para 14,25%. Já nos EUA, as taxas devem permanecer estáveis, aumentando o diferencial entre Brasil e EUA, o que tende a valorizar o real.