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Dólar fecha em alta com tensão Brasil-EUA após decisão de Dino; Ibovespa tem perda após pressão em bancos

Dólar atinge maior fechamento em semanas, enquanto Ibovespa registra a maior queda desde abril. Tensão entre Brasil e EUA após decisão do STF gera volatilidade no mercado financeiro.

Dólar atinge R$ 5,50 após ganhos à tarde e máxima de R$ 5,5059, encerrando o pregão em alta de 1,22%, maior valor desde 5 de setembro. A tensão entre Brasil e EUA aumenta, devido a incertezas sobre a decisão do ministro Flávio Dino do STF sobre leis estrangeiras.

Rumores de que pesquisa pode mostrar melhora na avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentaram pressão sobre o dólar. Embora divisas emergentes tenham recuado, o real se destacou como a moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar.

A decisão de Dino visa proteger cidadãos dos efeitos da Lei Magnitsky, que sancionou o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, causou apreensão no setor bancário, levando instituições a buscar ajuda jurídica no exterior. O movimento representa um dilema: cumprir as sanções dos EUA ou respeitar a legislação brasileira.

Ações de grandes bancos, como BB, Itaú, Bradesco e Santander, sofreram perdas significativas, resultando na maior queda do Ibovespa desde abril, com recuo de 2,10%.

O índice da B3 encerrou em 134.432,26 pontos e teve giro de R$ 22,4 bilhões, marcando o menor nível desde 5 de agosto. Destaques negativos incluem Raízen (-9,57%) e Cosan (-6,41%), enquanto Minerva (+2,93%) e Suzano (+0,78%) foram os poucos a fechar em alta.

No exterior, o DXY (Dollar Index) subiu levemente. Investidores ajustaram posições à espera da ata do Federal Reserve e do discurso de Jerome Powell.

Com uma agenda reduzida, o mercado permanece atento à relação Brasil-EUA e às ações do governo sobre a nova dinâmica regulatória.

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