Dólar fecha em alta, mas longe das máximas, após 'tarifaço' de Trump contra Brasil

O mercado financeiro mostrou uma reação inicial forte à nova tarifa sobre produtos brasileiros, mas a desvalorização do real ao final do dia foi contida. Fatores como a continuidade do interesse por ativos brasileiros e a fraqueza do dólar externo influenciaram essa dinâmica.

Depreciação do câmbio nas primeiras horas após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros indicou forte aversão a risco.

Com o passar do dia, essa dinâmica perdeu força. Apesar da cautela, a desvalorização modesta do real surpreendeu o mercado.

Fatores que contribuíram para isso:

Ausência de escalada de conflito comercial pelo governo brasileiro;
Continuidade do enfraquecimento do dólar no exterior;
Carrego elevado da moeda brasileira;
Apetite estrangeiro por ativos locais permanece intacto.

O dólar fechou em alta de 0,72% contra o real, cotado a R$ 5,5426. Durante o dia, chegou a R$ 5,6213 nas máximas, refletindo também um ajuste à alta do dólar futuro.

Próximo ao fechamento, o dólar futuro para agosto caía 0,71%, cotado a R$ 5,5715. O real teve o pior desempenho entre as 33 moedas mais líquidas analisadas pelo Valor.