Dólar fecha em queda pela sétima sessão consecutiva
Dólar fecha em queda pela sétima vez consecutiva, acompanhando melhora do apetite por risco nos mercados. A entrada de investidores estrangeiros e a supersafra de soja brasileira contribuem para a valorização do real.
Dólar fecha em queda nesta segunda-feira (28), após abrir em alta. Esta é a sétima sessão consecutiva de redução, impulsionada por incertezas na guerra comercial entre EUA e China.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que a negociação está nas mãos da China, que declarou que pode viver sem commodities dos EUA e prevê mais incentivos para enfrentar o conflito comercial.
Ao final do dia, o dólar caiu 0,68%, cotado a R$ 5,65, enquanto outras moedas emergentes, como o peso mexicano, se valorizaram.
O movimento foi favorecido pela entrada de investidores estrangeiros na bolsa brasileira e pela perda de força do dólar frente a moedas desenvolvidas e emergentes, segundo o especialista Bruno Shahini, da Nomad.
Além disso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmou o compromisso com o controle da inflação e a manutenção dos juros elevados.
Gustavo Menezes, do Banco Inter, ressaltou que o Brasil pode ser um dos menos impactados pela guerra comercial, podendo até se beneficiar com a nova demanda por soja. A supersafra brasileira pode trazer mais dólares para o país, fortalecendo o real.
Apesar do histórico de estresse do real, dados recentes de investimentos diretos no Brasil e a recomposição das reservas externas do Banco Central indicam que o Brasil não sofreu danos significativos em comparação a outros emergentes, o que pode favorecer uma reversão da depreciação do real no médio prazo.