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Dólar inicia pregão após Trump anunciar tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

Investidores reagem a tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros, gerando preocupações em relação à inflação e ao impacto econômico. Lula promete uma resposta baseada na Lei da Reciprocidade Econômica em defesa dos interesses nacionais.

Dólar inicia o pregão em meio a novas tarifas dos EUA

O dólar começa o dia elevando suas taxas após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, com início em 1º de agosto.

Trump justificou a medida citando Jair Bolsonaro e criticando o julgamento dele no STF, chamando-o de “vergonha internacional”. O presidente Lula prometeu reagir com base na Lei da Reciprocidade Econômica.

Com essa nova tarifa, o Brasil passa a ter a maior taxa entre os países afetados. Até agora, 22 nações foram notificadas. O mercado financeiro se mostra preocupado, já que as tarifas podem elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, aumentando a inflação nos EUA.

Além disso, o IPCA de junho será divulgado hoje, possivelmente confirmando um novo estouro da meta de inflação do Brasil, levando o Banco Central a preparar uma nova carta ao ministro Fernando Haddad.

Impactos econômicos:

  • Dólar: +1,46% na semana; +1,28% no mês; -10,95% no ano.
  • Ibovespa: -2,68% na semana; -0,99% no mês; +14,30% no ano.

A tarifa de 50% será aplicada sobre todas as exportações brasileiras para os EUA, impactando setores como petróleo, aço, café e carne bovina.

Trump também alegou que a tributação é uma resposta a tarifas e barreiras comerciais do Brasil. Ele citou o déficit comercial dos EUA com o Brasil como insustentável, destacando a necessidade de uma solução.

Lula declarou que o Brasil não se submeterá a essa pressão e que qualquer resposta elevando tarifas brasileiras será seguida por novas taxações dos EUA. Trump sugere que a tarifa pode ser diminuída se o Brasil abrir seus mercados.

Cartas a outros países: Desde o início da semana, Trump tem enviado notificações a diversas nações, definindo tarifas mínimas em negociações comerciais; a segunda leva foi enviada nesta quarta.

Essas tarifas reacendem preocupações sobre efeitos na inflação global, e a situação promete afetar as taxas de juros, tanto nos EUA quanto no mundo todo.

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