Dólar inicia pregão atento à repercussão das novas medidas de Trump sobre o tarifaço
Mercados reagem às novas tarifas de Trump, que prorrogou a implementação e ampliou a lista de países afetados. A tensão comercial cresce, aumentando incertezas sobre a economia global e a política monetária dos EUA.
Dólar inicia pregão em dia de reações às tarifas de Trump
O dólar abre o pregão desta terça-feira (8) com investidores reagindo ao novo tarifaço anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Na segunda-feira (7), Trump prorrogou para agosto a implementação de tarifas sobre importações, aumentando a janela de negociações. As tarifas poderiam voltar a valer em 9 de agosto.
No entanto, o adiamento não trouxe alívio ao mercado. As tensões aumentaram após Trump enviar cartas a 14 países notificando sobre tarifas de 25% a 40%, que começam em um mês. Trump também prometeu uma tarifa adicional de 10% a países que se envolverem em políticas antiamericanas do Brics.
Essas tarifas despertam preocupações sobre um aumento nos preços ao consumidor e nos custos de produção, o que poderia elevar a inflação e manter os juros altos.
Analistas esperam intensificação da volatilidade nos mercados devido à incerteza das políticas tarifárias e à falta de indicadores econômicos relevantes.
Impactos no mercado:
- Dólar: Acumulado da semana: +0,99%; Mês: +0,81%; Ano: -11,36%.
- Ibovespa: Acumulado da semana: -1,26%; Mês: +0,46%; Ano: +15,97%.
O novo capítulo do tarifaço gera temores de retaliações e uma possível crise comercial global. O Brics criticou as tarifas, afirmando que atuará para reformar a ordem multilateral sem confronto.
Trump também assinou um decreto adiando o tarifaço, pois o pouco progresso nas negociações gera ansiedade no mercado. Apenas acordos limitados foram firmados com Reino Unido e Vietnã.
Países como Japão, Índia, Coreia do Sul e outros estão tentando apresentar concessões para evitar tarifas, já que o aumento nas tarifas pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global.
A situação impacta diretamente a política do Federal Reserve, que aguarda mais dados sobre os efeitos das tarifas antes de alterar as taxas de juros.