Dólar tem leve baixa na abertura com ata do Copom e falas de Haddad no radar
Dólar cai levemente enquanto investidores aguardam informações sobre política fiscal brasileira e tarifas dos EUA. O cenário continua volátil devido a preocupações globais e possíveis mudanças no arcabouço fiscal do governo.
Dólar sofre leve queda de 0,19% ante o real, cotado a R$ 5,7416 na venda, às 9h05 desta terça-feira (25). Investidores analisam a ata da última reunião do Banco Central e aguardam declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,63%, e a Bolsa caiu 0,77%, aos 131.321 pontos, com foco em novos detalhes do tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump.
Haddad afirmou estar "confortável" com o arcabouço fiscal, mas reconheceu que ajustes são necessários. Ele mencionou que novas medidas podem ser consideradas no longo prazo e que não pretende mudar "a arquitetura" do sistema.
A fala do ministro causou uma reação imediata no câmbio, com o dólar atingindo R$ 5,772 antes de retroceder para R$ 5,725 após suas retificações nas redes sociais.
Investidores estão cautelosos devido aos novos tarifacos de Trump, que impõem 25% de tarifas sobre importações de países que compram petróleo da Venezuela. Essa medida pode causar instabilidades no mercado global de petróleo e desdobramentos nas relações comerciais com China e Índia.
Trump se referiu à medida como uma "tarifa secundária", que entrará em vigor em 2 de abril. O petróleo tipo Brent subiu 1,34% em resposta.
Há uma preocupação no mercado sobre possíveis retaliações dos países afetados, o que pode distorcer cadeias de suprimentos globais e elevar preços. Especialistas levantam o risco de estagflação nos EUA, com impacto potencial na política monetária do Fed.
O ambiente externo gera aversão ao risco, favorecendo a busca por ativos seguros, como ouro, e pressionando o real.