Dona do iFood, Prosus volta a ter lucro com Bloisi no comando
Fabricio Bloisi destaca resultados significativos no primeiro ano como CEO da Prosus, com um lucro operacional de US$ 179 milhões e um fluxo de caixa livre de US$ 1 bilhão. A empresa mira o crescimento em tecnologia e aquisições, enquanto se prepara para enfrentar a concorrência no mercado de delivery.
Fabricio Bloisi completa quase um ano como CEO da Prosus, controladora do iFood. A empresa reportou um lucro operacional (Ebit) de US$ 179 milhões nos 12 meses até março, revertendo um prejuízo de US$ 118 milhões do ano anterior.
O desempenho foi impulsionado por crescimento no delivery de comida e e-commerce, além de redução de custos. Bloisi destacou um Ebit de e-commerce de US$ 443 milhões, superando a meta de US$ 400 milhões.
O grupo gerou US$ 1 bilhão em fluxo de caixa livre, marcando seu primeiro resultado positivo excluindo dividendo da Tencent, onde possui participação minoritária. O lucro das operações core aumentou 47% para US$ 7,4 bilhões, com receitas subindo 21% para US$ 6,2 bilhões.
O iFood teve um Ebit de US$ 226 milhões e integrou serviços da Decolar, adquirida por US$ 1,7 bilhão. A Prosus investiu US$ 7,8 bilhões em M&As, incluindo a plataforma Just Eat Takeaway, e tem US$ 11 bilhões em caixa para novas aquisições.
A Prosus Ventures liderou um aporte de US$ 3 milhões na startup Voa Health, que usa IA para automatizar atendimento clínico. Bloisi enfatizou o interesse em investir mais em tecnologia.
O crescimento da Prosus é parte da estratégia de Bloisi para dobrar o valor de mercado da empresa, atualmente em US$ 122 bilhões, até 2028.
Bloisi acredita que o iFood está preparado para enfrentar a competição crescente no Brasil, destacando o potencial de expansão global. O crescimento esperado será orgânico, devido a restrições impostas pelo Cade.
Quanto a uma possível listagem do iFood em bolsa, Bloisi menciona que a empresa possui potencial, mas prioriza outras metas, como se destacar em tecnologia de IA.