Donald Trump mira e a 25 de Março reage: como comerciantes avaliam investigação dos EUA
Investigação dos EUA levanta preocupações entre comerciantes da 25 de Março, que temem o impacto das tarifas na economia local. Protestos ocorrem em resposta à ameaça de sanções comerciais, refletindo a tensão entre as duas nações.
A Rua 25 de Março, símbolo do comércio de São Paulo, é agora um ponto central de disputa entre Brasil e Estados Unidos.
No dia 16 de agosto, o governo dos EUA, sob a presidência de Donald Trump, iniciou uma investigação focando na venda de produtos falsificados e na falta de proteção à propriedade intelectual na região.
Na quinta-feira, 17, a EXAME visitou o local, onde muitos lojistas e consumidores não tinham conhecimento da investigação. Aqueles que estavam cientes expressaram confusão e preocupação com tarifas potencialmente onerosas.
- Na 25 de Março, produtos pirateados como bonecos e cadernos são comuns, coexistindo com o comercio legal.
- A loja Colori, com 21 anos de história, defende a formalidade e a qualidade de seus produtos frente às acusações.
- Elias Ambar, da Univinco, afirmou que a pirataria não surge na região, mas sim de importações externas.
Apesar da tensão geopolítica, o movimento comercial na 25 de Março permanece forte, com cerca de 500 mil pessoas circulando diariamente. A região, que emprega 38.000 pessoas, movimentava em 2015 aproximadamente R$ 120 milhões por dia, valor que é mais próximo de R$ 200 milhões atualmente.
Em resposta às recentes acusações, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo organizou uma manifestação em 18 de agosto, reunindo cerca de 250 pessoas para protestar contra Trump e defender os empregos locais.