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Donald Trump mira e a 25 de Março reage: como comerciantes avaliam investigação dos EUA

Comércio na Rua 25 de Março enfrenta incertezas após investigação dos EUA sobre pirataria. Lojistas locais criticam as acusações e temem impactos das tarifas sobre a economia da região.

Rua 25 de Março, símbolo do comércio em São Paulo, se torna foco da disputa comercial entre Brasil e EUA.

No dia 16 de outubro, o governo dos EUA abriu uma investigação sobre a região, citando vendas de produtos falsificados e falta de proteção à propriedade intelectual.

Na quinta-feira, 17, a calmaria predominava na 25 de Março. Muitos lojistas e consumidores desconheciam a investigação. Os que souberam da notícia expressaram confusão e preocupação com as possíveis tarifas de Trump.

A região convive com dois mundos: o lícito e o ilícito. Produtos falsificados, como bonecos e cadernos de marcas populares, são facilmente encontrados.

A loja Colori, com 21 anos de atuação, critica o comércio irregular. A gerente, Diângela Rodrigues, defende a legalidade e o impacto negativo das tarifas sobre os comerciantes e suas famílias.

Elias Ambar, da associação Univinco, discorda das acusações, afirmando que a pirataria é importada e não originária da 25 de Março. Ele classifica as alegações dos EUA como distorções.

Com diferenças políticas, o movimento comercial permanece ativo. A 25 de Março, que completou 160 anos e emprega 38 mil pessoas, movimentava, em 2015, cerca de R$ 120 milhões por dia, atualizado para cerca de R$ 200 milhões.

O fluxo diário é estimado em 500 mil pessoas, podendo chegar a 1 milhão em datas especiais, como no Natal.

A supervisora Stella Carvalho destaca a fiscalização na região, apesar do reconhecimento da pirataria, elogiando os esforços para aumentar a transparência.

No dia 18, o Sindicato dos Comerciários organizou uma manifestação contra Trump. Com cerca de 250 participantes, o protesto expresó oposição às tarifas e defendeu empregos e empresas locais.

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