Donas de térmicas a gás natural enfrentam fila de mais de quatro anos para comprar turbinas
A escassez de turbinas a gás para termoelétricas revela a crescente demanda por energia e a crise da oferta no setor, aggravada pelo cancelamento de um leilão crucial. Empresas do segmento agora enfrentam longas esperas para garantir os equipamentos necessários, complicando o planejamento e aumentando os custos.
Aumento da demanda por energia elétrica devido a data centers e indústrias poluentes fez a procura por turbinas de termoelétricas movidas a gás disparar.
Empresas enfrentam fila de espera de até quatro anos para receber os equipamentos. A situação é crítica para aquelas que participarão do leilão de reserva de capacidade do governo federal.
O leilão, inicialmente previsto para junho, foi cancelado devido a disputas judiciais. Não há nova data definida.
Os custos das turbinas a gás representam 30% a 60% dos investimentos em novas usinas, tornando a falta de sinalização um desafio. A Siemens Energy não pode entregar turbinas novas antes de 2030.
Empresas precisam pagar 10% do preço da turbina para garantir um espaço na fila, mesmo sem saber se participarão do leilão. O governo considera o leilão uma prioridade desde 2023.
A procura por turbinas é impulsionada pela classificação do gás natural como combustível de transição. A demanda global aumentou com a ascensão de big techs que buscam energia térmica para data centers.
A GE Vernova e a Mitsubishi Power também enfrentam atrasos nas entregas de turbinas. Os altos preços e longa espera estão pressionando toda a cadeia do setor, afetando até fabricantes de transformadores.
A Eneva, interessada no leilão, está avaliando se entrará na fila das fabricantes ou buscará alternativas mais rápidas para aquisição de turbinas.
A Diamante Energia busca turbinas menores por conta dos prazos prolongados e custos altos de reservas. A definição de uma data clara para o leilão é essencial para evitar incertezas financeiras.
O cancelamento do leilão deixa empresas em uma situação difícil, impactando os preços e a segurança energética.