Dono da Dolly é condenado a prisão por corrupção e crime ambiental em SP
Empresário sentenciado enfrenta pena de mais de 11 anos por crimes ambientais e corrupção. Laerte Codonho nega as acusações e planeja recorrer da decisão judicial.
Empresário Laerte Codonho, dono da fabricante de refrigerantes Dolly, foi condenado a 11 anos e 4 meses de prisão por crime ambiental e corrupção policial.
A sentença foi divulgada na quinta-feira (13) pelo juiz Djalma Moreira Gomes Junior, em Itapecerica da Serra, São Paulo. Codonho ainda terá que pagar R$ 570 mil em multas.
Junto a ele, sete outras pessoas foram condenadas. A decisão ainda cabe recurso.
Codonho negou as acusações, classificando a sentença de absurda e afirmou que irá recorrer.
A condenação é resultado de uma denúncia do Ministério Público de São Paulo em 2019, relacionada à compra de um imóvel para exploração de água mineral. Investigações revelaram que entre 2014 e 2016, desmatou-se uma área de mais de cinco hectares sem licença, prejudicando a flora local.
Além da questão ambiental, Codonho enfrentou denúncias de corrupção ao pagar propina a funcionários públicos e policiais civis.
O juiz afirmou que Codonho é o “chefe de todo o bando” criminal, com maior culpabilidade que os demais envolvidos.
Codonho defendeu-se, afirmando que a documentação da compra do imóvel indicava que a construção era permitida.
Na conclusão, o juiz destacou que Codonho poderia ter cessado as ilegalidades com “um simples comando”.