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'Drástica', 'exaltada' e de cunho 'pessoal': como imprensa internacional repercutiu nova tarifa de Trump ao Brasil

Trump impõe tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, validando o aumento com questões políticas relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida, que marca uma escalada repentina nas tensões comerciais, pode gerar impactos significativos nas relações econômicas entre os países.

Decisão de Trump: O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou taxação de 50% sobre produtos importados do Brasil.

A nova tarifa, que entra em vigor em 1º de agosto, aumenta significativamente em relação à taxa de 10% de abril. Produtos afetados incluem petróleo, suco de laranja, café, ferro e aço.

A medida é uma resposta à perseguição do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil, segundo carta de Trump. Ela menciona o processo criminal que Bolsonaro enfrenta no STF por tentativa de golpe de Estado.

The Washington Post destaca que essa decisão revela como questões pessoais influenciam tarifas comerciais, contrariando a justificativa de "desequilíbrios comerciais". Inicialmente, Trump alegou uma emergência econômica.

O The New York Times alertou para uma guerra comercial repentina entre EUA e Brasil, com potenciais consequências econômicas e políticas, já que os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil.

Trump parece condicionar o fim das tarifas ao julgamento de Bolsonaro e atua como se as tarifas fossem um instrumento de coerção, segundo o próprio jornal norte-americano.

Ambos os jornais afirmaram que é falsa a alegação de déficit comercial dos EUA com o Brasil.

O The Guardian chamou a mensagem de Trump de "exaltada" e notou a diferença na comunicação em comparação a outras tarifas. Ele também comparou os eventos antidemocráticos no Brasil ao ataque ao Capitólio dos EUA em 2021.

O El Clarín classificou o anúncio como uma medida drástica que abre uma guerra comercial entre os maiores países da América Latina, governados por líderes políticos opostos.

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