Duas lições de Buffett para serem lembradas
Buffett reflete sobre a contradição entre sua gestão ativa e sua recomendação de investimentos em ETFs. O desempenho dos fundos de ações no Brasil mostra que muitos investidores ainda têm dificuldades em superar o Ibovespa.
Warren Buffett anunciou sua aposentadoria, gerando grande repercussão no mundo financeiro. O Financial Times destacou a contradição em sua abordagem: enquanto Buffett superou consistentemente o mercado, ele recomenda que pequenos investidores optem por ETFs ao invés de “stock picking”.
Desde 1965, as ações da Berkshire Hathaway acumulam retorno de 5.502.284%, contra 39.054% do índice S&P 500. Contudo, o desempenho recente da Berkshire se aproxima do S&P 500, levantando dúvidas sobre a eficiência dos mercados ou a habilidade de Buffett.
A dor de ver a redução do patrimônio em momentos de baixa é maior para investidores ativos, que frequentemente perdem a paciência. Buffett sugere que ETFs sejam mais adequados para investidores comuns, que não dedicam o mesmo tempo e energia que profissionais.
Outra lição importante de Buffett é que os investidores devem ter expectativas realistas sobre retornos anuais e que paciência é crucial. O retorno dos fundos de ações no Brasil tem sido desafiador, com o melhor quartil mostrando um retorno médio de 10,9% ao ano nos últimos cinco anos, alinhado ao Ibovespa.
A média de retorno dos fundos foi de 7% ao ano, semelhante a uma escolha aleatória. Portanto, é fundamental lembrar que conseguir retornos acima da média não é fácil e que decisões informadas e paciência são essenciais para o sucesso nos investimentos.
Por fim, a conclusão é clara: a jornada de investimento exige estudo e ferramentas adequadas, além de um entendimento sólido sobre o mercado.