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Ducoco: como o grupo passou de império familiar à recuperação judicial

Ducoco, gigante do setor de coco, solicita recuperação judicial com dívidas que ultrapassam R$ 670 milhões. A pressão nos custos e gestões financeiras questionáveis marcam a derrocada de um império que dominou o mercado nacional.

Ducoco, tradicional grupo agroindustrial do Nordeste brasileiro, entrou em recuperação judicial devido a dívidas de R$ 670 milhões. A reestruturação envolve as empresas Ducoco Alimentos e Ducoco Produtos Alimentícios.

A recuperação é motivada por gestão financeira inadequada e alta nos custos dos insumos. O grupo possui duas fábricas e gera 966 empregos diretos.

Os principais credores incluem o Banco do Nordeste, Itaú Unibanco e a Reit Securitizadora, que detém a maior parte da dívida.

A Ducoco começou sua trajetória em 1982 e foi líder de mercado na década de 1990. Recentemente, sua participação no mercado de água de coco caiu para 6,8%.

Entre os problemas enfrentados, destaca-se a falha em uma parceria no setor de sucos que gerou um prejuízo de R$ 14,111 milhões e a alta de preços de insumos, que subiram até 238% desde junho de 2023.

O processo de recuperação judicial está na fase de contestação e visa suspender as ações de execução contra o grupo. O juiz responsável determinou a suspensão de penhoras e outras medidas contra as devedoras.

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