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Duquesa de Tax: ‘Na tabela congelada do IR, você é tratado como se fosse rico’

Classe média brasileira sofre com aumento de impostos devido à tabela do IR congelada desde 2015. A distorção penaliza quem mantém poder aquisitivo, enquanto o governo faz mudanças tímidas para resolver o problema.

Prazos e Distorções no Imposto de Renda

O prazo para declarar o Imposto de Renda termina nesta sexta-feira, 30. A classe média brasileira enfrenta um aumento no pagamento de impostos sem aumento real na renda.

A tabela do Imposto de Renda está congelada desde 2015, não acompanhando a inflação. Isso faz com que quem não enriqueceu seja tratado como “rico” pela Receita Federal.

Em 2015, R$ 4 mil representava quase cinco salários mínimos. Hoje, com o salário mínimo a R$ 1.412, essa quantia corresponde a menos de três. Se corrigido pela inflação, R$ 4 mil de antes seria próximo a R$ 7 mil em 2025.

O governo promoveu atualizações pontuais para a faixa de isenção, atualmente em R$ 2.259,20, beneficiando quem ganha até dois salários mínimos, mas não corrige a distorção na classe média.

O secretário de Reformas Econômicas, Marcos Pinto, indicou que corrigir a tabela integralmente significaria uma perda de arrecadação superior a R$ 100 bilhões por ano.

A colunista Maria Carolina Gontijo (Duquesa de Tax) afirma que essa carga tributária invisível afeta a classe média, que sustenta escola particular e plano de saúde, enquanto espera atuação do governo em nome da justiça social.

A proposta de atualizar a tabela do Imposto de Renda parece cada vez mais distante, onerando os contribuintes da classe média.

A Duquesa de Tax realiza comentários sobre economia todas as quintas-feiras no Estadão, com vídeos disponíveis nas redes sociais e em formato de podcast.

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