“Duro golpe” e “bulliyng”: líderes mundiais criticam tarifaço de Trump
Líderes mundiais reagem ao "tarifaço" de Trump, temendo impactos econômicos globais. No Brasil, Lula corre contra o tempo para sancionar lei que permite reciprocidade tarifária.
Reações globais surgem após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre novas tarifas a partir de 2 de abril de 2025. Líderes de diversos países, incluindo Reino Unido, Itália, China e Colômbia, criticaram a decisão.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, deve sancionar até 4 de abril um projeto de lei que permite a reciprocidade tarifária no comércio. Isso é uma resposta ao tarifaço de Trump, que impõe uma tarifa de 10% sobre todos os produtos brasileiros.
A União Europeia classifica o tarifaço como um “duro golpe” na economia mundial. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, destaca que o protecionismo pode gerar incertezas e altos preços, especialmente para países vulneráveis.
Na Europa, o Reino Unido declarou ser o “aliado mais próximo” dos EUA e busca um acordo comercial. A Itália considera as tarifas como “erradas” e se compromete a evitar uma guerra comercial.
A China promete retaliações, descrevendo a postura de Trump como “bullying unilateral”. O Japão e a Coreia do Sul também expressaram descontentamento com as tarifas, que têm grande impacto em suas economias.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, chamou as tarifas de “injustificadas”, enquanto a Nova Zelândia considera as medidas um choque, mas não planeja retaliações.
Os mercados asiáticos reagiram negativamente, com quedas acentuadas nas bolsas do Japão, Coreia do Sul e China. O presidente chileno, Gabriel Boric, e o colombiano, Gustavo Petro, criticaram as políticas tarifárias de Trump, apontando incertezas e desrespeito às regras comerciais. Petro sugere que a América Latina pode se beneficiar dessas tarifas.