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Dúvida, instabilidade e volatilidade: o impacto do pacote do IOF, segundo analistas

Medida do governo causa incertezas no mercado, com potencial impacto nos juros e investimentos. Economistas alertam para o risco fiscal, afetando a confiança em um cenário de volatilidade crescente.

Recuo do governo em parte do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não contorna os efeitos negativos da medida.

Economistas apontam que a situação gera insegurança, instabilidade e volatilidade, que podem pressionar juros, câmbio e preços dos ativos.

A mudança foi anunciada após a divulgação de um relatório sobre o controle de despesas. O governo previu contingenciamentos para segurar gastos, mas a escolha do IOF para aumentar a arrecadação foi mal recebida pelo mercado.

Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Pine, ressalta que o uso do IOF para arrecadar mais recursos cria precedentes problemáticos e aumenta a incerteza tributária.

Gustavo Sung, da Suno Research, alerta que o episódio pode intensificar a volatilidade do mercado, afirmando que os governos buscam uso de recursos para aumentar popularidade.

Matheus Spiess, da Empiricus Research, destaca que a sinalização negativa espanta investidores, elevando a aversão ao risco.

A elevação do IOF permanece sobre crédito e operações financeiras, encarecendo despesas para empresas e famílias. O recuo do governo apenas se refere a investimentos no exterior.

Antes do recuo, o aumento do IOF poderia arrecadar R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Sung ressalta que o movimento deve resultar em perdas de arrecadação.

Apesar de cortes em gastos anunciados, problemas estruturais continuam sem solução, apontando para a necessidade de um ajuste estrutural. A menos que a confiança seja restaurada, a volatilidade no mercado deve persistir.

João Arthur Almeida, da Suno Wealth, alerta que o déficit fiscal aberto reflete o aumento do risco fiscal, pressionando juros, câmbio e preços de ativos.

Espera-se uma volatilidade maior no futuro, exigindo maiores prêmios para ativos locais.

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