E-commerce de micro e pequenas empresas dispara e atinge R$ 67 bi em 2024

Eleni Costa, empreendedora cearense, chegou a Brasília há 34 anos e viu sua vida mudar ao adotar o e-commerce durante a pandemia de Covid-19.

Começou vendendo produtos em casa e, após abrir uma loja em Taguatinga, enfrentou dificuldades com a chegada da pandemia. No entanto, ela relatou que vendeu mais online do que em sua loja física, explorando nichos como sapatos, bolsas e acessórios.

Dados do Ministério do Desenvolvimento apontam crescimento de 1.200% nas vendas online de micro e pequenas empresas, passando de R$ 5 bilhões em 2019 para R$ 67 bilhões em 2024.

No mesmo período, as vendas de médias e grandes empresas passaram de R$ 49 bilhões para R$ 158 bilhões, uma alta de 220%. O faturamento total do e-commerce no país subiu de R$ 5 bilhões em 2019 para R$ 225 bilhões em 2024.

Desde 2016, o Brasil movimentou R$ 1 trilhão via e-commerce. Os produtos mais vendidos em 2024 incluem aparelhos celulares, livros e eletrodomésticos.

O interiorano Rogério Cissos também relatou sucesso durante a pandemia, vendendo produtos de informática e expandindo suas lojas físicas. Ele destaca a persistência como chave para o sucesso no comércio.

Outra empreendedora, Joice Gama, transformou seu negócio de calçados femininos após a quebra de seu fornecedor durante a pandemia, agora se preparando para exportar produtos.

O secretário do MDIC, Uallace Moreira, confirmou que o e-commerce se fortaleceu devido à pandemia e à recuperação econômica subsequente, refletindo uma mudança nas dinâmicas do mercado.

As regiões brasileiras mostram características diversas no comércio eletrônico. O Sudeste concentra 77,2% das vendas, seguido por Sul (14,1%), Nordeste (5,5%), C. Oeste (2,5%) e Norte (0,6%).

A região Sudeste também lidera as compras pela internet, com 55,9% do total, seguida por Sul (16,6%), Nordeste (16,1%), Centro-Oeste (8,0%) e Norte (3,4%).