É hora de fortalecer a competição no setor das telecomunicações
A revisão do Plano Geral de Metas de Competição é crucial para manter a competitividade e impulsionar a inclusão digital. É fundamental que o ambiente regulatório continue a apoiar as prestadoras de pequeno porte, que têm demonstrado resultados significativos na conectividade do Brasil.
Brasil busca acelerar a transformação digital e incluir socialmente a população por meio da conectividade.
É crucial que o ambiente regulatório continue promovendo a competição no setor de telecomunicações.
A reavaliação do PGMC (Plano Geral de Metas de Competição) na Anatel é uma oportunidade para reafirmar o sucesso do modelo brasileiro.
Em 2011, apenas 27% dos domicílios tinham acesso à internet. Em 2023, esse número saltou para 86,9%, segundo a Pnad Contínua do IBGE.
Os acessos à internet cresceram de 21 milhões em 2015 para 52 milhões em dezembro de 2024, de acordo com a Anatel.
Atualmente, o Brasil é o 3º maior país em acessos à banda larga fixa, resultado da expansão das PPPs (Prestadoras de Pequeno Porte).
As PPPs melhoraram a conectividade em áreas antes excluídas e são responsáveis por 97% das conexões em municípios com até 30.000 habitantes.
Essas prestadoras também geraram importantes empregos e estimularam a economia local.
Em média, 64% dos investimentos em infraestrutura de telecomunicações no Brasil vieram das PPPs, conforme a Anatel.
Das 10 melhores prestadoras em satisfação do consumidor, 8 são PPPs, o que demonstra os benefícios da concorrência.
É vital formalizar e estimular a competitividade saudável e evitar práticas que penalizam quem investe no setor.
O PGMC deve reconhecer o papel das PPPs também na banda larga móvel, seguindo o modelo do leilão do 5G.
Um ambiente regulatório justo é a chave para a universalização da conectividade, impulsionando a inovação e o desenvolvimento econômico.
Não podemos retroceder agora. O setor de telecomunicações e os consumidores brasileiros necessitam de uma resposta rápida da Anatel.
A análise do pedido de vista deve ser ágil para não prejudicar a competição no setor.