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É o fim do ESG no mercado financeiro? Movimento pode mostrar que sim, mas não no Brasil

Mudança na abordagem do CFA Institute reflete um retrocesso na adesão a práticas ESG nos EUA, enquanto no Brasil, investimentos sustentáveis continuam em ascensão. Especialistas apontam que o agravamento das mudanças climáticas e a diversidade na política local favorecem a continuidade do crescimento nesse setor.

Avanços em ESG: Sinais diferentes nos EUA e Brasil

O mercado financeiro **norte-americano** enfrenta retrocessos em temas **ambientais, sociais e de governança (ESG)**, com o CFA Institute anunciando a troca do termo para "Certificado de Investimento Sustentável" a partir de 8 de abril.

Em contrapartida, especialistas afirmam que, no **Brasil**, os investimentos ESG devem **aumentar** devido a um contexto político favorável e à consciência crescente sobre o impacto das **mudanças climáticas**.

Dados do setor:

  • Até janeiro, **Fundos IS** reuniram 80.467 mil cotistas e R$ 24,6 bilhões, um aumento de R$ 8,4 bilhões em 2024.
  • Fundos com critérios **ESG** têm 83.324 contas, R$ 10,3 bilhões, subindo de R$ 4,3 bilhões no ano passado.
  • Captação líquida dos **Fundos IS** foi de R$ 1,5 bilhão, enquanto **Fundos ESG** caíram para apenas R$ 1 milhão.

Segundo o CFA Institute, a mudança visa refletir um impacto **mais amplo e de longo prazo**, e afastar conotações **políticas** negativas associadas ao termo ESG.

A B3 afirma que o tema ESG continuará **forte** no Brasil, com a bolsa atuando como indutora. Apesar do clima desafiador nos EUA, a bolsa brasileira **não retrocedeu** em suas práticas de sustentabilidade e diversidade.

Impacto das mudanças climáticas:

O agravamento das crises climáticas torna a discussão **mais urgente** no Brasil. Especialistas acreditam que os investidores estão percebendo a relevância da questão, o que pode criar **novas oportunidades** no setor.

Henri Rysman, especialista em ESG, aponta que apesar da mudança nos EUA, há *avanços significativos na União Europeia* e um **crescimento contínuo** no Brasil.

O crescimento de índices como o **ISE** da B3, que subiu 15%, demonstra o comprometimento com a sustentabilidade, ao passo que novas iniciativas, como o **IDIVERSA B3**, promovem diversidade e inclusão.

Em resumo: O cenário global e local é distinto, com o Brasil em uma posição favorável para **fomentar investimentos em sustentabilidade**, em contraste com os retrocessos observados nos EUA.

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