É o fim do horário de verão?
Adiantamento dos relógios levanta debates sobre os efeitos na saúde e segurança dos cidadãos europeus. A proposta de acabar com o horário de verão segue estagnada na União Europeia, enfrentando resistência de alguns Estados-membros.
No próximo domingo, os europeus deverão adiantar seus relógios em uma hora, iniciando o horário de verão. Essa prática, criticada por muitos, ainda não tem consenso na União Europeia (UE).
A Comissão Europeia propôs o fim do horário de verão em 2018, após consulta que recebeu quase 4 milhões de votos a favor. Apesar do sinal verde do Parlamento Europeu, a proposta estagnou devido a resistência de alguns países.
Um porta-voz da Comissão mencionou: "Pergunte-me novamente em seis meses". Estudos indicam que a mudança de horário traz efeitos negativos à saúde e à segurança rodoviária, com benefícios de energia modestos.
A Polônia, que preside a UE até julho, pretende reabordar a questão através de consultas informais, mas admite que o apoio dos Estados-membros é escasso. Outros países consideram essa discussão uma "perda de tempo" em meio a crises, como a invasão da Ucrânia.
A Lituânia assumirá a presidência em 2027 e planeja debater o tema. No Parlamento, há defensores como o legislador Sean Kelly, que destaca os malefícios da mudança para a saúde e segurança.
O tema também é controverso fora da Europa. No Brasil, após a suspensão do horário de verão em 2019, novas propostas foram consideradas, mas não avançaram. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, também questionou a validade da prática.
Pais como Azerbaijão, Irã, Rússia e Turquia eliminaram o horário de verão, enquanto o Egito reintroduziu a medida após eliminar em 2014, buscando economizar energia.
Histórico: O horário de verão surgiu na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial e foi reintroduzido na crise do petróleo dos anos 1970.