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E o petróleo, para onde vai? Tarifas de Trump e oferta maior da Opep amenizam cotação

A combinação da retórica tarifária de Donald Trump com o aumento da produção da Opep deverá resultar em uma forte pressão sobre os preços do petróleo. Economistas alertam que essa situação poderia levar a uma nova queda nas cotações do barril, afetando a economia global.

A retomada das ameaças tarifárias de Donald Trump e o aumento na produção de petróleo pela Opep devem pressionar os preços do barril para baixo, de acordo com economistas do InfoMoney.

Embora Trump busque elevar tarifas para estimular a produção local, isso resultará em uma diminuição do ritmo da economia, afetando a demanda por petróleo e, consequentemente, os preços.

A Opep, por sua vez, aumentou a extração de petróleo para recompor as receitas, gerando excesso de oferta e pressão adicional para a queda de preços.

Para o economista Adriano Pires, a política tarifária de Trump é contraditória: “Ele quer aumentar a produção de óleo, mas isso leva a uma redução do preço”, observa.

Embora conflitos, como os do Irã e Ukraine, causem aumentos temporários, o excesso de oferta resultante da política tarifária e do aumento da Opep leva o preço a cair novamente.

A cotação atual do barril de petróleo Brent e WTI está em torno de US$ 70, mas Pires considera que o limite ideal para a Opep é US$ 60.

De acordo com o Financial Times, grandes perfuradoras de xisto nos EUA estão paralisando suas plataformas devido aos preços reduzidos e medo de excesso de oferta.

Pelas palavras de Hélcio Takeda, a prorrogação das negociações comerciais pode oferecer um alívio temporário, mas não reverterá a tendência de queda no preço do barril.

Pires sugere que, para amenizar o impacto sobre os preços, Trump poderia considerar reduzir os estoques.

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