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‘É uma vergonha para o País’, diz procurador que investiga fraudes contra aposentados do INSS

Investigação aponta esquema bilionário de fraudes no INSS que prejudica aposentados. Procurador destaca dificuldade em restituir recursos e a urgência de mudanças nos procedimentos internos.

Operação Sem Desconto investiga esquema de fraudes no INSS e visa ressarcir aposentados. O procurador Hebert Mesquita considera remota a perspectiva de recuperação de recursos devido ao esvaziamento das contas dos envolvidos.

Desde abril, a operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, mas nenhum suspeito foi preso até o momento. A medida foi evitada pelo MPF para não atrasar a investigação.

Mesquita, procurador há 23 anos, alerta que as fraudes eram evitáveis e reforça que alguns ex-dirigentes do INSS se beneficiaram de mais de R$ 17 milhões em desvios.

O foco é nos servidores do INSS, embora novas denúncias tenham elevado o número de investigações a 23 ações sobre associações ligadas ao esquema. Os depoimentos começarão após a análise de material apreendido.

As investigações incluem ligação de ex-diretores do INSS, mas sem elementos concretos que envolvam o ex-ministro Carlos Lupi.

O procurador observa que a colaboração premiada depende do avanço das provas, enquanto a investigação sobre descontos consignados não está incluída na operação atual.

Apesar das dificuldades em ressarcir as vítimas, Mesquita reafirma a necessidade de mudanças nos processos de desconto. O MPF defende medidas cautelosas para evitar fraudes no ressarcimento.

A operação evidencia um esquema de corrupção que afeta o sistema previdenciário e gera prejuízos aos aposentados, levando a sociedade a questionar a eficácia do controle público.

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