Economia argentina encolheu 1,7% em 2024, apesar de crescimento no fim do ano
A Argentina apresenta uma leve recuperação econômica ao fim de 2024, com crescimento interanual no quarto trimestre superando expectativas. Fatores como aumento do consumo privado e das exportações impulsionaram esse desempenho, apesar de uma queda anual no PIB.
Argentina fecha 2024 com queda econômica de 1,7%, abaixo das projeções iniciais. No quarto trimestre, o crescimento foi de 2,1%, melhor do que o esperado.
Entre os principais fatores para o desempenho positivo estão:
- Aumento do consumo privado;
- Investimentos;
- Exportações no segundo semestre;
- Recuperação do setor agrícola.
No terceiro trimestre, o crescimento foi de 3,9%, mas a recuperação no quarto foi menor. Dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) indicam um crescimento de 1,4% em termos dessazonalizados.
Na demanda, destaque para o crescimento das Exportações (+7,7%), Consumo privado (+3,2%), Consumo público (+0,8%) e Formação bruta de capital fixo (+11,3%). As Exportações cresceram 27,1% na comparação anual.
O economista Federico González Rouco classificou os dados como positivos, destacando o crescimento do consumo privado e dos investimentos. Ele mencionou o impacto da redução do imposto PAIS e a desaceleração das importações.
Camilo Tiscornia, da C&T Asesores Econômicos, apontou uma revisão significativa dos dados do setor de Restaurantes e hotéis, que passou de uma previsão de queda de 0,6% para um aumento de 18,1%. Isso resultou em um crescimento do PIB do trimestre de 1,75% para 2,1%.
Além disso, a Câmara dos Deputados manteve o decreto de emergência do presidente Javier Milei, que apoia um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional, chave para um futuro programa econômico.