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Economia da Argentina cai 1,8% na comparação mensal — mas cresce 5,6% na variação anual

Após dez meses de crescimento, a economia argentina enfrenta uma queda de 1,8% em março, refletindo incertezas cambiais e um clima de inflação acelerada. Apesar disso, o crescimento anual continua positivo, com alta de 5,6% em comparação a março de 2024.

Atividade econômica da Argentina caiu 1,8% em março em relação a fevereiro, após dez meses consecutivos de altas. Dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) em 21 de março.

A queda reflete incertezas sobre a política cambial, confirmada em abril com novo acordo com o FMI. Consultoria LCG ressaltou que a instabilidade e a queda do salário real impactaram o consumo e a atividade industrial.

No cenário global, temores de guerra comercial também influenciaram o desempenho econômico. Em março, a inflação subiu 3,7% em relação a fevereiro, chegando a 55,9% na comparação anual.

Entre os 16 setores avaliados, dez mostraram recuperação anual: serviços financeiros (29,3%), construção (9,9%) e comércio (9,3%). As maiores quedas ocorreram nos serviços de eletricidade, gás e água (-4,3%) e hotéis e restaurantes (-3,6%).

A atividade industrial caiu 4,5% e construção 4,1% em março em comparação com fevereiro. Segundo a consultoria Orlando Ferreres, a queda deve se normalizar em breve, impulsionada por maior renda familiar, aumento dos investimentos e desaceleração da inflação.

No primeiro trimestre de 2024, a economia acumulou crescimento de 6,1%. Contudo, o PIB caiu 1,7% neste ano, o pior desempenho desde 2020. Economistas projetam um crescimento de 5,1% para 2025.

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