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Economistas alertam para o risco do impacto cambial no IPCA após tarifas de Trump

Economistas analisam o IPCA de junho e apontam desaceleração da inflação, mas alertam sobre riscos externos e consequências das tarifas dos EUA. Expectativas de inflação continuam a pressionar a política de juros, com dúvidas sobre o comportamento futuro dos preços.

Economistas analisam IPCA de junho: dados revelam desaceleração da inflação de 0,26% em maio para 0,24% em junho. No entanto, a inflação acumulada é de 5,35% em 12 meses, acima da meta do BC.

Há duas visões: a otimista, que acredita que o pior já passou, e a pessimista, que alerta para os riscos da política tarifária dos EUA.

Para Luis Otávio Leal, da G5 Partners, o resultado reforça que os juros devem permanecer em 15,00%% ao ano até 2025. Leal destaca a aceleração dos serviços subjacentes e o impacto das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciadas por Donald Trump, como um novo desafio para o BC.

Flávio Serrano, do Banco BMG, vê o momento positivo para a inflação no curto prazo, mas destaca desafios devido a expectativas desancoradas e a pressão sobre o mercado de serviços. A taxa de câmbio saltou de R$ 5,45 para R$ 5,60, o que pode desacelerar a desinflação.

Gustavo Sung, da Suno Research, aponta que as tarifas americanas trazem incertezas e podem pressionar a taxa de câmbio. Ele menciona que o governo brasileiro poderá retaliar, afetando a inflação devido ao aumento de custos de produção.

A XP observa um alívio nos preços de mercado com o IPCA de junho, mas alerta que a guerra comercial entre Brasil e EUA será crucial para a inflação futura.

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