Eduardo Bolsonaro alerta sobre novas sanções dos EUA e mais tarifas contra Brasil
Eduardo Bolsonaro critica o STF e alerta sobre possíveis novas sanções dos EUA. Ele enfatiza a necessidade de resolver a "crise institucional" para evitar mais tarifas sobre produtos brasileiros.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) espera novas sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras devido à "crise institucional" com o STF e o tratamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista à Reuters em Washington, Eduardo afirmou que não vê como o Brasil possa negociar a redução de tarifas sem concessões do STF. Ele criticou a Corte, dizendo: "Os ministros do Supremo Tribunal têm que entender que perderam o poder".
As tensões aumentaram após Trump impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e aplicar sanções financeiras a Moraes, que está julgando seu pai por suposta conspiração. Eduardo qualificou as tarifas como um "remédio amargo" para conter a "ofensiva legal descontrolada".
Recentemente, o Departamento de Estado dos EUA anunciou restrições de vistos a autoridades brasileiras via programa Mais Médicos. Eduardo espera que essas restrições alcancem o ministro da Saúde e a ex-presidente Dilma Rousseff.
Lula rejeitou as exigências de Trump, chamando Eduardo e Jair de "traidores". O STF está investigando a comunicação entre os dois Bolsonaros e Moraes intensificou as medidas contra Jair, colocando-o em prisão domiciliar.
Eduardo afirmou que o setor agropecuário apoia sua atuação nos EUA, considerando que vale a pena "eventuais perdas financeiras" para "resgatar a normalidade institucional". Ele também mencionou a possibilidade de mais tarifas e sanções direcionadas a Moraes e sua família.
Com relação à política, Eduardo disse que seu pai é o candidato da direita em 2026 e que aceitaria uma "missão" caso fosse a vontade de Jair, embora reconheça que ele está inelegível após condenação do TSE.