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Eduardo Bolsonaro condiciona fim da tarifa dos EUA a anistia “geral e irrestrita”

Eduardo Bolsonaro pressiona por anistia como condição para reverter tarifas dos EUA. Governador de São Paulo busca aproximação com a diplomacia americana em meio a tensões políticas.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que qualquer tentativa de reverter a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros deve ser condicionada a uma “anistia ampla, geral e irrestrita”.

Essa declaração, feita no X (antigo Twitter), intensifica a pressão do bolsonarismo sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e revela articulações políticas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Eduardo comentou após uma reunião do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com o chefe da missão diplomática americana, Gabriel Escobar. Essa visita reforça a tentativa de Tarcísio de se posicionar como um interlocutor viável junto aos EUA.

Na publicação, Eduardo se refere ao Brasil como vivendo uma “ditadura” e critica acordos que não incluam a libertação de bolsonaristas processados por tentativa de golpe de Estado. Ele chamou a sobretaxa de “Tarifa-Moraes”, em referência ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, a quem acusa de perseguição política.

Eduardo afirma: “Ou há uma anistia ampla, geral e irrestrita para começar, ou bem-vindos à ‘Brazuela’”, sugerindo que a continuidade do processo judicial contra Jair inviabilizaria as negociações com os EUA.

Ele também classificou qualquer revogação das tarifas sem atender às exigências de Trump como um “acordo caracu”, ou seja, prejudicial a uma das partes. O parlamentar reiterou que a prisão de Jair Bolsonaro é iminente e motivada por razões políticas, sem intervenção externa.

A declaração coincide com o momento em que Donald Trump declarou que não pretende conversar com Lula “por enquanto”, mas deixou aberta a possibilidade de diálogo futuro.

O posicionamento de Eduardo contrasta com a abordagem mais pragmática de Tarcísio, que busca soluções técnicas e diálogo com o setor produtivo. Em recado indireto ao Planalto, ele afirmou: “Narrativas não resolverão o problema. A responsabilidade é de quem governa”.

A avaliação no governo paulista é que a radicalização do bolsonarismo, simbolizada por Eduardo, pode afastar investidores e empresários preocupados com os efeitos do tarifaço.

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