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Eduardo Bolsonaro pode virar primeiro ‘deputado remoto’ se Câmara mantiver ritmo de sessões virtuais

Eduardo Bolsonaro pode se tornar o primeiro deputado remoto da Câmara devido ao formato flexível das sessões. Com a maioria das votações sendo virtuais, ele pode evitar a perda do mandato enquanto permanece nos Estados Unidos.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode se tornar um deputado remoto devido à flexibilidade do regulamento da Câmara.

Ele ficará nos Estados Unidos por medo de prisão no Brasil e está disposto a sacrificar seu mandato. Com o ritmo de sessões virtuais do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), pode assegurar seu cargo até o final do primeiro semestre de 2026.

A Câmara já fez 64 sessões de votação este ano, sendo 42% virtuais. Eduardo pode marcar presença e votar de qualquer lugar através do aplicativo Infoleg, desde que tenha uma conexão de internet adequada.

Com a licença vencida, ele começará a ter faltas nas sessões presenciais após o recesso de agosto. A perda do mandato ocorre após 30% de ausências no ano legislativo. A expectativa é que atinja esse limite em novembro, mas as sessões virtuais podem prolongar sua permanência.

Se 2025 terminar sem 30% de faltas, a contagem recomeça. Atualmente, ele já tem 4 faltas injustificadas. Considerando a média programada de 3 sessões por semana, ele ainda pode faltar mais 34 vezes.

Em 2026, ano eleitoral, manterá o cargo até atingir 30% de ausências, dependendo do número de sessões virtuais.

Um caso recente ilustra o desafio: Chiquinho Brazão perdeu seu mandato após ser acusado de envolvimento no assassinato de Marielle Franco. Ele foi preso em março de 2024 e perdeu o cargo em abril deste ano, após a análise das ausências.

No ano passado, houve menos sessões virtuais comparadas a 2023. Em 2024, foram 86 sessões, com 27% remotas. Se o ritmo atual continuar, Eduardo terá mais chances de permanecer no cargo do que Bíra Brazão.

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