Eduardo diz esperar novas punições e tarifas dos EUA contra Brasil
Eduardo Bolsonaro critica o STF e antecipa sanções dos EUA em resposta a processos contra seu pai. O deputado afirma que o Brasil não conseguirá negociar sem concessões da Suprema Corte.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou expectativa de novas sanções dos EUA contra o Brasil em resposta a processos judiciais contra seu pai, Jair Bolsonaro, na Justiça brasileira.
Em entrevista à Reuters, ele falou sobre a dificuldade do Brasil negociar a redução de tarifas de 50% sem concessões do Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que “os ministros da Suprema Corte precisam entender que perderam poder.”
Eduardo destacou que as sanções devem em breve afetar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e possivelmente a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por seu envolvimento no programa Mais Médicos.
Na quarta-feira (13.ago), o governo do presidente Trump anunciou a revogação de vistos de funcionários brasileiros envolvidos no programa com médicos cubanos.
“Não há cenário em que a Suprema Corte saia vitoriosa de todo esse imbróglio. Eles estão em conflito com a maior potência econômica do mundo”, afirmou.
Eduardo também defendeu sanções contra Alexandre de Moraes e sua família, considerando tarifas como “último recurso.” O ministro já foi incluído na lei Magnitsky, que permite sanções a autoridades por violações de direitos humanos.
Embora tenha mencionado que sanções a outros ministros do STF parecem improváveis, ele disse: “Eu poderia esperar mais tarifas, porque as autoridades brasileiras não mudaram seu comportamento.”
Residente nos EUA desde 27 de fevereiro, Eduardo descreveu o tarifaço americano como um “remédio amargo” para conter o que considera uma ofensiva contra seu pai, réu no STF por tentativa de golpe de Estado.
Ele concluiu: “Não vai funcionar apenas abordar isso pela ótica do comércio. É preciso que os EUA sinalizem que estamos resolvendo nossa crise institucional.”