Efeito combinado de alta da Selic, piora do agro e mudança contábil impactou resultado do 1° trimestre, diz presidente do BB
Banco do Brasil enfrenta resultados impactados por alta da Selic e aumento da inadimplência no agronegócio. Presidente Tarciana Medeiros destaca que mudanças contábeis aceleraram as perdas esperadas e desafiou as projeções futuras.
Resultado do 1º trimestre do Banco do Brasil
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, anunciou que os resultados foram impactados pela alta da Selic e pelo aumento da inadimplência no agronegócio.
Ela explicou que “nenhum fator, por si só, teria o impacto visto”, mas o efeito combinado afetou o desempenho.
O agronegócio enfrenta um “ciclo de pressão na inadimplência”, agravado pela recuperação judicial de produtores rurais.
Com a nova regra contábil (4966/21), ativos em recuperação judicial são considerados problemáticos, acelerando a dinâmica de perdas esperadas.
Além disso, a alta de juros impactou a captação comercial e institucional, e a liquidez menor no 1° trimestre dificultou a compensação de despesas.
Tarciana afirmou que a suspensão das projeções para 2025 foi uma decisão “mais prudente”, reforçando o compromisso com a honestidade da gestão.
Resultados:
- Lucro de R$ 7,4 bilhões
- Retorno de 16,7%
Tarciana acredita que esse retorno “ficou abaixo do potencial do BB”, mas destacou o crescimento adequado do crédito no período.