Eleição no PT: reunião e diferença de votos vão definir quando novo presidente será conhecido

Filiados e filiadas ao Partido dos Trabalhadores (PT) foram às urnas no domingo, 6, para escolher o novo presidente nacional e dirigentes municipais e estaduais.

Uma decisão judicial sobre a eleição em Minas Gerais impossibilita o anúncio do resultado.

A eleição visa definir a direção nacional do PT após oito anos de comando de Gleisi Hoffmann, atual ministra das Relações Institucionais do governo Lula.

O favorito para assumir a presidência é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, apoiado por Lula. Outros candidatos incluem:

• Rui Falcão (deputado federal)
• Romênio Pereira (secretário de Relações Internacionais)
• Valter Pomar (líder da tendência Articulação de Esquerda)

No sábado, o PT foi notificado sobre a inclusão da deputada federal Dandara Tonantzin na disputa pela presidência estadual em Minas. Como não houve tempo para incluir seu nome nas cédulas, a votação foi suspensa.

A candidatura de Dandara foi indeferida por não ter quitado mais de R$ 100 mil em contribuições partidárias no prazo estipulado.

Uma reunião extraordinária do Diretório Nacional do PT foi convocada para discutir o impasse na terça-feira, 8, às 17h.

O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da sigla, afirmou que o resultado da eleição nacional será declarado somente se a diferença de votos entre os primeiros colocados for maior que os votos de Minas Gerais.

Sanções contra Dandara não estão descartadas, dependendo do cumprimento das decisões partidárias. A deputada alega ter quitado as pendências em 4 de junho, embora o prazo tivesse sido 29 de maio.

A eleição do novo presidente do PT é vista como essencial para organizar o partido diante da crise de popularidade de Lula e as tensões com o Congresso.